Perfil do Caminhoneiro no Brasil
CNT (Confederação Nacional do Transporte) fez a 7ª Pesquisa sobre o Perfil dos Caminhoneiros no Brasil.
Entre os dias 28 de agosto e 21 de setembro do ano passado, foram entrevistados mais de mil profissionais em todo o país, sendo 714 autônomos e 352 empregados de frota.
Vamos ver o que a pesquisa revela sobre esses profissionais:
- Quase 100% dos profissionais são do sexo masculino com idade média de 44,8 anos;
- Ganham em cerca de R$ 4.600 por mês e trabalham em média mais de 18 anos;
- Os caminhões em sua maioria não são novos, costumam estar em uso a mais de 15 anos;
- 47% dos profissionais costumam comparar seu próprio caminhão, através de financiamento;
- Um dado importante é saber que eles estão mais preocupados com a saúde. Mesmo com a grande maioria ainda procurando informação na internet, mais de 40% procuram profissionais da saúde para a prevenção de doenças;
-Trabalham em média 11 horas por dia de 5 a 7 dias na semana;
- Chegam a rodar mais de 9 mil km por mês;
- 65,1% considera uma profissão insegura, de risco;
- 28,9% sentem falta convívio familiar, mesmo assim eles relatam pontos positivos: 37,1% vê vantagens na profissão, o fato de conhecer novas cidades e ate países; 31,3% consideram bom ter a possibilidade de conhecer pessoas em vários lugares; 27,5% gosta de ter horário flexível
Como problemas, os 64,6% dos caminhoneiros contam que os roubos são a maior dificuldade encontrada. Cerca de 7% deles tiveram seu veículo roubado nos últimos dois anos. 49,5% acabam recusando fazer determinadas viagens por conta do alto risco de roubo/assalto no trajeto. O custo do combustível diz ser um problema para 35,9% dos motoristas.
É importante destacar que 50,4% acreditam que o baixo ganho pode ser uma ameaça à profissão. 20,9% acredita que a má qualidade na infraestrutura e 15,6% acham que a baixa qualificação também podem contribuir a baixa adesão de trabalhadores na área.
Com relação ao tema reivindicação, a pesquisa revelou quais as são principais questões que afetam os profissionais:
- Preço dos combustíveis: A queda no preço do combustível continua sendo a principal luta dos caminhoneiros. 51,3% consideram o tema o mais importante para a categoria.
- Segurança nas estradas: Em segundo lugar esta a necessidade de melhoria na segurança nas estradas, com 38,3%.
- Financiamentos de veículos: Em terceiro lugar, a necessidade de juros mais baixos para o financiamento dos veículos (27,4%), além é claro, do aumento do frete (26,2%)
Em 2018 houve a maior paralisação no país, mais de 60% dos caminhoneiros participaram, porém apenas 74,7% conheciam o motivo da greve e a grande maioria, 56% não concordo ou ficou satisfeito com os desfeixos da paralização.
Fonte: CNT