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Diagnóstico completo das rodovias brasileiras já está disponível. Confira!

A Confederação Nacional do Transporte realizou a 22ª edição da Pesquisa CNT de Transportes, que avaliou toda a malha rodoviária federal pavimentada e os principais trechos estaduais também pavimentados, totalizando, assim, 107.161 km de rodovias aval...

Diagnóstico completo das rodovias brasileiras já está disponível. Confira!

A Confederação Nacional do Transporte realizou a 22ª edição da Pesquisa CNT de Transportes, que avaliou toda a malha rodoviária federal pavimentada e os principais trechos estaduais também pavimentados, totalizando, assim, 107.161 km de rodovias avaliadas em todo o país. A pesquisa é extremamente relevante em um país onde mais de 60% do transporte de cargas e mais de 90% dos descolamentos de passageiros são feitos por rodovias. Confira o diagnóstico e suas implicações para o transporte no Brasil!  

Mais da metade das rodovias tem problemas

De todas as rodovias avaliadas na pesquisa da CNT, 57,0% possuem algum tipo de deficiência, seja no pavimento, na sinalização ou na geometria da via. Entretanto, a sinalização melhorou significativamente de 2017 para 2018. Dentre as piores rodovias do país, destacam-se as rodovias MA-006 (MA), BR-226 (MA), BR-174 (AM), BR-163 (PA) e BR-122 (BA), que se encontram totalmente destruídos. Quanto aos pontos críticos encontrados, o principal deles são os buracos na pista, seguido de erosões, quedas de barreiras e pontes caídas. Tais situações colocam em risco a segurança dos motoristas e transportadores e, por isso, merecem atenção especial.  

O acostamento existe, mas as pistas simples ainda são um desafio

Em 88,4% da extensão avaliada, o acostamento é pavimentado e está em perfeito estado de conservação. Entretanto, na maior parte há apenas pista simples, representando um total de 86,3% da via. As pistas duplas, com canteiro central, barreira central ou faixa central, correspondem a apenas 13,7%. Esse fator é especialmente relevante considerando-se o aumento da frota. De 2008 para cá, o número de automóveis passou de 54,5 milhões para 99,4 milhões. Segundo a pesquisa, este fator, “combinado com a baixa qualidade e a baixa densidade viária, proporciona a elevação desnecessária dos custos do transportador, o aumento da emissão de gases poluentes e a redução da segurança nas vias”, o que compromete o crescimento econômico sustentável num país em que o transporte rodoviário é fundamental.  

Rodovias concedidas são melhor avaliadas a nível nacional

De todas as rodovias avaliadas pela pesquisa, 81,7% estão sob gestão pública e 18,3% sob gestão privada. Dentre elas, 81,9% das concedidas são consideradas boas ou ótimas, enquanto apenas 34,2% das públicas o são. A Região Norte, que possui a menor extensão de rodovias do país, apresenta as piores condições de infraestrutura. Nela, 77,7% das rodovias são classificadas como regular, ruim ou péssima. Já a Região Sudeste, onde se concentra a maior parte das rodovias sob gestão concedida, tem 45,1% de classificação negativa. As regiões Centro-Oeste, Nordeste e Sul obtiveram respectivamente 59,9%, 58,3% e 56,2% da extensão classificada negativamente.  

Prejuízos financeiros, sociais e ambientais

Graças às condições das rodovias do país, a estimativa é que, só neste ano, haja um consumo desnecessário de 876,78 milhões de litros de diesel, correspondendo a R$ 3,02 bilhões de prejuízo para os transportadores. Para se ter uma ideia do desperdício, seria possível comprar cerca de 6.708 caminhões novos com este gasto adicional. Já, para a compensação das emissões decorrentes do desperdício de diesel, seria necessário plantar 14,2 milhões de árvores, e cerca de duas décadas para neutralizar os seus efeitos negativos. Outro aspecto relevante apresentado no relatório é que as rodovias federais brasileiras deixaram um saldo de 6.243 mortos em 89.396 acidentes em 2017. Tal número é gerado ou potencializado pelos problemas de infraestrutura. Estes acidentes custaram para o Brasil R$ 10,77 bilhões, valor que é 35,0% maior do que o montante de R$ 7,98 bilhões investidos pelo governo federal em infraestrutura de transporte rodoviário em 2017.   Esse panorama faz com que o Brasil ocupe a 112ª posição no quesito qualidade das rodovias no ranking de competitividade global do Fórum Econômico Mundial, ficando atrás de países como Chile (24ª), Equador (31ª), Argentina (93ª), Uruguai (99ª), Colômbia (102ª) e Peru (108ª), todos situados na América do Sul. E pode oferecer a transportadores de todo o país insights para a melhor gestão do transporte e do uso das rodovias brasileiras.   Quer receber notícias e informações direto no seu e-mail? Entre em contato conosco e faça parte da nossa lista exclusiva.   Fonte: Pesquisa CNT de Rodovias 2018, disponível em: http://pesquisarodovias.cnt.org.br/Home

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